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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Futebol Nacional (Parte 1)

Futebol Nacional.

Uma maravilha? Não, mas pode chegar um dia, em um futuro não tão perto, mas não tão longe. Um fiasco? Não, mas está perto. A situação do esporte em si não é tão alarmante assim. É necessário mudar para ser cada vez melhor. O que preocupa, é a situação dos que fazem o futebol.

Os clubes.

Essa série sobre o esporte mais praticado no país vem em 4 posts.


Nesta primeira parte vem a entrevista de Delair Dumbrosck, Presidente do Flamengo e que representou o Clube dos 13 em uma reunião da FIFA nos últimos dias. E tem alguns detalhes sobre outros assuntos polêmicos. Direto do blog de Cosme Rímoli no R7:

O blog teve acesso a uma informação que pode mudar o cenário do futebol brasileiro. Ela tem berço esplêndido. Na sala da presidência do Flamengo. O BNDES, além de bancar a construção de estádios e hotéis, teria outra inesperada função.
“Emprestar dinheiro aos clubes para saldar as suas dívidas. Os clubes vão lutar para aproveitar a Copa do Mundo no Brasil. A chance é essa.”

O aviso foi feito pelo presidente Delair Dumbrosck.

Ele acaba de voltar da Suíça onde viajou representando o Clube dos 13. E antecipa várias mudanças no futebol mundial. Porém está mais animado em acabar as dívidas flamenguistas. Elas já ultrapassam em muito os R$ 300 milhões.

Cosme Rímoli: Delair, qual será esse pedido de empréstimo ao BNDES?
Delair Dumbrosck: Olha, se haverá financiamento para estádios e hotés para a Copa, os clubes podem ser beneficiados. Os clubes são a base do futebol brasileiro. E eles têm dívidas imensas, que a cada dia inviabiliza a administração. Com o BNDES emprestando o dinheiro para acabar com as dívidas, o perfil do futebol brasileiro mudará de vez. A Copa do Mundo é uma grande oportunidade para brigarmos por isso. Essa postura do BNDES será o legado da Copa do Mundo. Não deixaremos que aconteça como o Panamericano que aconteceu e não deixou nada de bom. Nada. Para o futebol continuar forte no Brasil os clubes têm de sanar suas dívidas. Essa ideia é minha e vou tocar para a frente. Não vejo nada de errado. Os clubes no Brasil enfrentam problemas que ninguém quer ver.

C.R.: Como assim?
D.D.: Nós dividimos R$ 400 milhões por três anos de transmissão dos jogos. Os clubes europeus dividem 800 milhões de euros. É tudo muito desigual. Por isso é impossível manter os grandes atletas aqui. Nós temos conversado com as tevês para mudar essa situação. Nosso produto é nobre e está sendo negociado muito barato. Isso vai ter de mudar. Para isso iremos valorizar as nossas competições.

C.R.: Você pode antecipar as mudanças?
D.D.: As propostas do Clube dos 13 são bem interessantes. Vamos valorizar o Brasileiro. Queremos fazer um congresso com trocas de ideias antes da competição começar. E não só ideias. Nesse congresso faremos uma bolsa de jogadores. Trocaremos atletas entre nós, com grande economia para todos os clubes. Essas trocas estimulam os torcedores. E em seguida fazer a partida de abertura na cidade do congresso. Os campeonatos estaduais terão menos datas para os clubes grandes. Os torneios podem até ser maiores, mas os grandes entrariam na fase decisiva. O Flamengo e os outros clubes estão perdendo muito dinheiro dizendo não a amistosos no exterior. Vamos criar datas para essas partidas. Os patrocinadores cada vez mais são internacionais, precisam ser vistos no exterior. A cidade que me desculpe, mas não tem lógica o Flamengo fazer pré-temporada em Caxias. Também estamos pensando em premiar a Série B.
Deixar que os clubes que estiverem na B disputem a Sul-Americana, competição que não interessa aos da Série A.

C.R.: Tem mais mudança?
D.D.: Podemos discutir se será mantida a fórmula de pontos corridos. Há muita divisão, interesses. A televisão defende as finais. Os clubes estão divididos. Em relação ao calendário, eu sou favorável à adequação aos europeus. Mas sei que a televisão não quer. Vamos dialogar, vamos tentar fazer o quer melhor para o futebol brasileiro. Precisamos mudar para não morrer.

C.R.: E você foi até ao Congresso da Fifa. Haverá algo novo?
D.D.: Sim. E vai atingir muita gente. As tranferências internacionais online. Ou seja: o vendedor e o comprador negociarão online. A Fifa terá acesso às transações. Irá acabar a sacanagem de vender um jogador por dez milhões de euros e dizer que foram seis milhões. E a Fifa também quer acabar com a imagem do agente Fifa. O próprio jogador vai negociar seus direitos com o clube. Muita coisa está para mudar…

[Continua....]

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